4 de mai. de 2012

POEMA SONHADO



Se não for pela poesia, como crer na eternidade?
Os ossos da noite doem nos mortos.
A chuva molha cidades que não existem.
O silêncio punge em cada ser acordado pelos cães invisíveis
do assombro.
Os ossos da noite doem nos vivos.
A escuridão lateja como um seio.
E uma voz (de onde vem?) repete incessante, incessantemente:
Se não for pela poesia, como crer na eternidade.


Alphonsus de Guimaraens Filho

2 comentários:

  1. Olá, boa noite!
    Obrigado por juntar-se aos meus seguidores!
    Saudações poéticas!

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  2. É um prazer acompanhar o seu blog, poeta! Abraços.

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